sexta-feira, 4 de março de 2016

William Shakespeare – A Mensagem que Trazia a História de Romeu e Julieta – 3ª parte

 
 
Canal Luciana Attorresi – 26/02/2016
 
Amados irmãos de Luz,
 
Estou acostumado a escrever em capítulos as minhas histórias e por isso que decidi escrever assim esse conto sobre a minha passagem por essa encarnação.
 
Todos que me circundavam quando era criança e adolescente, eram de pensamentos católicos, apesar que naquela época a Inglaterra estava travando uma grande batalha contra a Igreja Católica.
 
Com todas aquelas brigas pelo poder de Deus na vida das pessoas, eu comecei a criar dentro de mim um Deus personalizado, onde não havia nenhum dos preceitos católicos e nem protestantes.
 
Meu Deus estava mais ocupado em cuidar das emoções das pessoas.
 
Alguns achavam que isso era uma parte moral minha, mas na verdade para mim, a moralidade nunca existiu, pois ela é somente um apanhado de regras que não está escrito em nenhum lugar e que termina sempre a condenar ou absolver as pessoas.
 
A moralidade é a irmã mais nova da hipocrisia, que por sua vez é filha do medo com a insegurança.
 
Eu não me sentia inseguro quando escrevia sobre a morte ou as brigas interiores através dos meus personagens, eu não pensava um minuto sequer se isso seria aceito ou não pelas pessoas, porque eu tinha a mais absoluta certeza que o que eu dizia fazia parte da vida das pessoas.
 
As mesmas alegrias e tristezas que eu passei, passaram todos aqueles da minha época e também passam vocês hoje.
 
Em Romeu e Julieta, por exemplo – ainda hoje é um dos livros mais adaptados e lidos do mundo – eu coloquei o amor em primeiro lugar, de diferentes formas, mas sempre o amor como o Supremo Senhor da vida.
 
Nessa história à morte, mesmo que trágica, estava em segundo plano para todos os que viam, a recordação era sempre de que o amor não tem limites e jamais poderá ser trancada em uma cadeia.
 
O ódio que existia entre as famílias são nada mais do que as crenças individuais e coletivas, que ditam o que deve ou não deve ser vivido.
 
O amor de Romeu e Julieta é a representação de que quando o amor é conhecido, não é mais possível deixá-lo de lado, quando o amor chega, tudo deve ser redimensionado e adaptado ao redor dele.
Alguns dizem que Romeu e Julieta é sinônimo do quanto o amor é cego, pois viam que aquele amor era muito inconveniente para todos ao seu redor.
 
E o que na verdade eu mostrei, era que o amor daquele jovem casal era o mais lúcido dos sentimentos, dois jovens que viviam no agora, deixando de lado velhas regras.
 
O amor é assim, ele é avassalador por natureza, ele cura, adapta, seduz, quebra regras e barreiras, transmuta a dor e devolve à vida, tudo isso porque ele é a essência da vida em si.
 
Mas aqueles que não conseguem se desvencilhar das regras e tabus da sociedade, ainda conseguem ver essa história como uma grande tragédia, como sendo a morte o ponto final da história.
 
Mas eu a vejo de uma outra prospectiva, eu vejo que o seu ponto final foi quando Romeu e Julieta se viram e se apaixonaram, porque o amor é sempre o objetivo principal de todos os seres, e quando esse objetivo é alcançado, a elevação do Ser é imediata, por isso que decidi terminar a história com a morte, porque quando se alcança esse enorme amor dentro de si, a morte ganha um papel muito pequeno na trama. Ela não será vista jamais como aquilo que quer te devorar. Ah, não!
 
Ela é apenas o momento de você pegar todo o seu Ser e transmutar em algo maior ainda. Mas isso é só para aqueles que vivem pelo amor que existe dentro de si mesmos.
A vida é o amor em pequenas partes, as experiências são as cenas para essa busca, uma busca maravilhosa que todos fazem no seu dia a dia.
 
Existia tanto amor nessa história que ele se tornou uma boia. Ao tentar afogar a história no lago do esquecimento, o amor ganhou força e a trouxe para a superfície da memória coletiva.
 
Por isso não busquem o que está de errado na vida de vocês, busquem qual é o pedacinho de amor disponível na situação vivida.
 
O amor é a melhor recompensa e também a força motriz para toda mudança que precisa acontecer.
 
E com muito amor eu encerro mais essa parte, deixando a todos vocês o amor que existe em mim por mim mesmo, por vocês e pela vida, neste continuum presente onde todos nós somos os escritores e personagens.
 
Eu sou William Shakespeare
 
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