Mestre Confúcio - Canal Thiago
Strapasson - 10.01.2016
Amados mestres!
Que retomem sua maestria nesses tempos que se aproximam.
Mas antes, qual o significado da palavra “Mestre”? O que faz
um mestre? Eis aí uma ótima pergunta.
Um mestre é um ser humano que já transcendeu as expectativas
materiais da vida. Ele já não mais se preocupa com os aspectos de
sobrevivência, do medo da perda, já não possui mais a ilusão de que toda a vida
se circunscreve ao que podem ver ou sentir, muito menos ao ter. Ele reconhece a
energia do fluxo que garante aos filhos tudo que necessitam e, então, passa a
ser.
Um mestre é um ser amoroso, o qual se reconhece pelos gestos
suaves, pela voz agradável, pelo bom humor, pela gentileza constante, alguém
que se quer estar perto. Porque o mestre não te exige nada. Ele confia, ele
sabe, ele irradia o amor. Sua energia contamina aqueles à sua volta porque ele
é autêntico.
Autenticidade, outra característica da maestria que sempre
está ao lado do equilíbrio. Ele possui sua convicção, mas a manifesta com
respeito, sem se expor, nem aos seus irmãos, porque sempre há equilíbrio e amor
em suas ponderações.
Um mestre confia. Então, diante dos obstáculos, ele se
afasta e aguarda a solução. Ele sabe que aquele incidente está ali para seu
crescimento, então não faz parte de seu ser. Ele se mantém isolado em seu ser,
protegido, porque confia no Pai e na providência divina. A solução virá, o que
lhe permite agir no tempo apropriado, sem desapontamento anterior.
Um mestre jamais impõe sua vontade. Seus irmãos o
acompanham, se sentirem ressonância com sua energia. Ele permite. Permite que
todos aqueles sejam, assim como ele é. Há respeito, porque até nas
manifestações mais escuras de seus irmãos, ele vê uma oportunidade de
aprendizado ou de irradiar sua luz. Isso faz um mestre.
O mestre é sábio. Conhece a natureza humana. Sabe que, como
filho da criação, movimenta energias com seus pensamentos e sentimentos. Tem
conhecimento das energias, assim controla sua realidade porque conhece as leis
invisíveis universais.
Mas há equilíbrio, porém, não fraqueza. Sua convicção é
inabalável. Ele reconhece sua maestria, então ouve seu coração. Ele é indomável
ao escutar sua verdade interior. Há convicção interior.
O mestre é feliz, porque seu coração é seu guia. E aí não há
infelicidade.
O mestre reconhece as forças que atuam ao seu redor, mas se
mantém em equilíbrio, ainda que elas estejam em direções opostas e sejam
muitas. Ele se centrará no coração, que é seu guia.
Nada fácil ser um mestre? Não, eu lhes digo. São mestres por
natureza, desde que permitam que sua alma prevaleça. Deixam a maestria quando a
mente, na tentativa de proteção, os controla. A mente não compreende o coração,
mas o mestre sabe mantê-la junto ao seu ser.
Por isso, mestres, dizemos: retomem sua maestria. São mestres
por natureza, porque a maestria está ao seu alcance. É sua natureza. Basta que
ouçam o coração, que sejam gentis, amorosos, convictos, sábios, que permitam e
aceitem! Que confiem! Basta que se permitam ser em essência, porque são isso
tudo e muito mais.
Para isso, devem se treinar. E vocês têm a maior
oportunidade já concedida por toda criação para desenvolverem-se em sua
maestria: a vida física desse agora nesse planeta. É a maior oportunidade de
todas e muitos gostariam de a experimentar. Sejam gratos.
Aliás, outro atributo da maestria, a gratidão. O mestre
agradece porque aceita e confia. Então ele é grato, reconhecendo-se como
criador de sua realidade. Sim, porque se ele sabe que movimentou as energias da
vida, entende-se responsável por sua vida. Então aceita, em gratidão, a
experiência que criou.
Um mestre sabe que é apoiado, então está sempre aberto a
aceitar. Ele entende que o dar e o receber devem se equilibrar. Então é
benevolente, mas está sempre aberto à ajuda. Isso também é confiança.
O mestre é. Não prova, não induz e não controla. Ele se
mantém ao seu centro e observa a vida. Deixa o rio correr e o observa com
curiosidade, buscando novas lições, procurando se conhecer.
Um mestre se conhece, ou ao menos se enfrenta, se testa, se
busca. E, ao assim fazer, cai também, mas não se culpa porque de suas quedas
retira grandes aprendizados. Essa é a grande alegria de sua vida, mestres!
Sua vida é divertida, porque ele a vê como uma experiência
enriquecedora de busca, de autoconhecimento. A vida é interessante, porque ele
se busca e se diverte com isso. Aceita-se, ainda que se depare com sua
escuridão. Ele a vê e ri, dizendo: esse também sou eu. Venha até aqui, meu
querido.
Um mestre é e pode afirmar: Eu sou o que eu sou.
Eu vos agradeço, mestres! Reconheço-os assim porque assim
são vocês, em essência.
Eu sou Confúcio, guardião da sabedoria divina e os amo
profundamente, mestres.
Mestre Confúcio.