Mensagem de Julie Redstone
Não é necessário deixar o tempo para perceber inteiramente a
intemporalidade e, de fato, não é o propósito da alma que o façamos. É
necessário se ver como um cidadão de um universo espiritual vasto e misterioso
que contém tudo o que é, um universo do qual o físico é apenas uma parte.
SOLSTÍCIO DE VERÃO DE 2012
Este é o início de uma mudança que todos estavam esperando,
o movimento para uma realidade de dimensão mais elevada, a consciência dos
reinos espirituais, o conhecimento de que Deus é real. O coração clama por tal
conhecimento, mesmo quando a mente frequentemente duvida e pede provas.
Agora, nesta próxima onda de expressão cósmica, a mudança
começará a ser mais tangível para muitos, pois a sensação do próprio tempo foi
alterada pela presença da intemporalidade. O que é a intemporalidade?
É a realidade subjacente do próprio tempo. É o “além do
tempo”, do qual o tempo faz parte. Pois podemos considerar o tempo e o espaço
como lentes nas quais nós vemos e experienciamos uma porção desta realidade
subjacente, não o todo, mas uma porção. Seria como se a humanidade, baseada na
formação do cérebro, estivesse usando lentes polaróides que eliminassem uma
determinada porção do espectro de luz, no entanto, sendo capaz de ver o resto,
pensando que isto era tudo o que havia. Assim é a percepção do tempo dentro da
intemporalidade. Percebemos a porção da realidade que nossas lentes nos
permitem perceber, e não percebemos o resto.
O que é a intemporalidade e como ela muda a percepção?
Imaginem a qualquer momento em que vocês se perderam no
pensamento, ou na ação, onde o ambiente desapareceu e vocês ficaram imersos na
intensidade de sua própria preocupação, seja mental, imaginativa ou física. A
intemporalidade é semelhante na medida em que permite que o imediatismo do
momento aumente a tal ponto que ele se torne, literalmente, tudo o que existe.
É onde nós residimos com uma sensação de realização e de plenitude, não havendo
mais nada fora disto e nada mais seja necessário.
A experiência humana aborda tal experiência da
intemporalidade em momentos de grande amor, ou de paixão, ou de devoção a algo
que esteja além de si mesmo. E, no entanto, estes momentos se dissolvem em um
próximo momento, em que o tempo novamente retoma o seu espaço na consciência.
Entretanto, a percepção da intemporalidade é um espaço em que vive a alma
humana e que o ser encarnado pode aprender a viver, um espaço que é completo em
si mesmo, análogo ao que tem sido chamado de “eterno presente”. Não podemos
pensar com as nossas mentes o que significa o “eterno presente”. Mas podemos
saber com a nossa experiência que nestes momentos quando estivemos
profundamente imersos em algo, especialmente algo sublime, que tudo desapareceu
e que havia somente ESTE. Esta é a verdade do eterno presente. É tudo o que há,
e não chegamos a vê-lo por causa das lentes que usamos, que agem como filtros
de percepção sobre a nossa visão.
Há uma mudança que está chegando com relação a estes filtros
de percepção. Esta mudança não é algo que iniciamos através de nossa vontade,
ou através de nossas ações. É uma mudança iniciada através da ação Divina que
irá eliminar progressivamente os filtros perceptivos, de modo que possamos
perceber a intemporalidade, mesmo enquanto vivemos dentro do tempo. Não é
necessário deixar inteiramente o tempo para percebermos a intemporalidade, e,
de fato, não é o maior propósito da alma que façamos isto. É necessário se ver
como um cidadão de um universo espiritual vasto e misterioso que contém tudo o
que existe, um universo do qual o físico é apenas uma pequena parte. Esta
mudança só irá permitir que os seres humanos se movam progressivamente para os
estágios mais elevados da percepção espiritual, onde todas as lentes não mais
funcionam e não são mais necessárias. Apenas a mudança de se perceber
principalmente como um cidadão de um universo espiritual e não de um universo
físico, é um começo.
Toda a ajuda está sendo dada neste momento para estabelecer
e criar aberturas para esta mudança na percepção, tanto no nível individual,
quanto coletivo. Todos nos reinos da Luz que estão envolvidos com a transição
da Terra estão zelando por esta mudança na percepção do tempo, de modo que a
transição possa prosseguir sem problemas e que o medo, onde ele ocorra, possa
ser dissolvido.
Que todos os seres vivam livremente, agora, sem lentes, sem
a necessidade de limitar a magnificência de quem eles verdadeiramente são. Que
todos aceitem a sua verdadeira cidadania como seres da criação divina, na vasta
paisagem de todas as esferas do ser.