Mestra Rowena por Maria Silvia Orlovas - 14/11/2012
Meus amados. No momento em que vocês se desapegam dos seus
desejos, ambições de controle, carências... Quando vocês soltam, a cura
espiritual pode acontecer.
Imagine aquele homem, que de repente cai no mar, se os seus
braços estão presos, assim mesmo se eles se fecham, se eles se cruzam, ele não
poderá se soltar para nadar, nem para ser alcançado por alguma outra pessoa. O
momento da salvação acontece; ou quando ele se solta, se agita e tenta nadar ou
finalmente quando ele se deita e se deixa conduzir, boiando.
Quanto mais tensão vocês colocam em suas vidas, menos
solução vocês encontram. Deixem o corpo mais leve. Não é o momento de tantas
cobranças, as pessoas se cobram muito, principalmente aquelas que encontram o
caminho espiritual.
Quando aprendem algumas lições, as pessoas acostumam se
esquecer de outras tantas. É como aquela criança, que avança na escola, virando
as páginas de um livro, tentando ler com muita pressa para aprender tudo mais
rápido. Meus amados, isso não é possível. Uma página de cada vez, uma leitura
de cada vez, uma lição a seu tempo.
Vocês não precisam ler todos os livros. Vocês não precisam
entender todas as lições. Vocês não precisam fazer o que as outras pessoas
fazem, porque é correto para elas. Cada um tem o seu caminho, cada um tem o seu
tempo. Não seja um náufrago da sua própria vida.
E todas as vezes que vocês exigem demais de si mesmos,
naturalmente vocês se perdem, se machucam, se enganam e se castigam. Não é
assim que deve ser. Não é preciso que assim seja.
Vocês encarnaram como partículas Divina, filhos de Deus,
próximo a Deus. E se envolveram tanto nas peripécias de encarnações a
encarnações, que esqueceram a sua essência Divina. E é a essa essência,
contribuindo com o aprendizado dessa longa existência no mundo material que
vocês devem voltar. Voltar ao Divino, com a sua contribuição. E qual é a sua
contribuição? A descoberta da sua individualidade, a descoberta dos seus
poderes pessoais, a descoberta da sua força, da sua beleza, da sua
criatividade, das coisas que são suas, a sua forma de ver o mundo, a sua forma
de beijar alguém, a sua forma de ouvir alguém, a sua forma de ser amigo, de ser
colega, parceiro, irmão.
Cada um de vocês veio nesta vida e em muitas vidas para
desenvolver a individualidade. Não a individualidade do ego que separa, que
machuca e que gera competição. Mas a individualidade da beleza, como fazem as
flores, que não brigam umas com as outras para brotar e fazer a sua beleza
acontecer.
Existem flores das sombras, existem flores do Sol, existem
flores rasteiras, aquelas que dão em árvores, aquelas que se penduram em
cachos. E cada uma tem a sua beleza. E cada uma tem a sua época de florir no
jardim. E cada uma tem a sua peculiaridade; umas precisam mais de sombra,
outras de água, outras jamais irão florir se estiverem encharcadas, precisam do
tempo seco. A individualidade dessas flores deve ser respeitada.
Vocês vivem num mundo, que o belo, deve servir para todos e
nem sempre serve. E assim vêm as grandes frustrações.
Felizmente, a mudança planetária, está trazendo a quebra de
muitos padrões; porque o magro é bonito e gordo é feio? Porque o preto é
inadequado e o branco é perfeito? Porque só o rico é feliz e só o pobre
infeliz? Essas são verdades superficiais. São verdades que acolhem o social,
mas esquecem o espiritual. Encontrem a sua verdade e busquem lapidar-se no
amor.
A sua individualidade deve ser boa a você e aos outros. Uma
individualidade que pode ser quem ela é e acolher os outros e respeitar os
outros e enxergar nos outros, a beleza dos outros. Vocês compõem um jardim.
Cada um na sua beleza, cada flor no seu tempo, cada energia com o seu
propósito. Não briguem com vocês, não é mais tempo de brigar internamente. É
tempo de aceitar, compreender, caminhar e se ver dentro desta lapidação que a
sua vida lhe oferece. Trabalhem o lado espiritual, mas principalmente meus
filhos, se fortaleçam no amor, se fortaleçam no único sentimento que preenche,
de verdade, que é o Amor.
Eu sou Mestra Rowena e venho como missionária do Amor. Em
muitas vidas eu passei na Terra, em meio a grandes sofrimentos, para ajudar as
pessoas. E a única coisa que eu fazia para ajuda-las, muitas vezes, era apenas
sentar e ouvir.
Silenciosamente, eu estava ali, orando por aquela pessoa,
desejando que ela estivesse em equilíbrio e em luz. Eu não dizia palavras,
porque eu sabia que aquelas palavras podiam não ser ouvidas, podiam não ser
aceitas, acolhidas ou compreendidas. Eu estava ali. Eu deixava que a minha
presença, a minha conexão com Deus, operasse as suas curas. E eu estava ali.
Eu não queria ser mãe delas, guia-las, protege-las delas
mesmas, nada. Eu era só uma amiga, uma irmã, uma alma, um colega... Alguém que
não queria julgar, alguém que não queria ter a resposta final ou a palavra
certa. Porque, muitas vezes, ouvindo as pessoas eu deixei de achar que eu sabia
a verdade. Eu também me confundi, eu deixei de saber qual era a resposta certa.
Então, nas minhas amizades, no meu trabalho como ajudante, como enfermeira,
como madre, como freira, como irmã, como colega, como esposa... Em muitas vidas
eu fiz isso. Eu apenas estive ali, presente, oferecendo a minha ajuda,
colocando as minhas mãos, oferecendo os meus ouvidos. Oferecendo para o outro,
fosse uma criança, fosse um velho, fosse alguém da minha idade, apenas a minha
aceitação.
Porque eu percebi, que todas as vezes que eu julguei, eu
errei. Todas as vezes que eu julguei, eu me separei. Eu me vi superior de
alguma forma. E eu não fui amiga, eu não fui irmã, eu não fui parceira, eu não
fui nada. Eu fui só uma pessoa que julgou uma outra pessoa.
E o meu caminho da ascensão, foi o caminho da aceitação, do
entendimento dos outros; de permitir que as pessoas tenham o seu próprio
despertar. De permitir que as pessoas se sintam amadas e também queiram amar. E
muitas vezes, foi isso que aconteceu; aquele que veio armado se desfez das suas
armas. Aquele que veio com calúnias, deixou de caluniar. Aquele que veio com
mágoas, esqueceu as suas dores. Aquele que veio com agressividade, perdeu a
intenção de agredir.
E eu só pude fazer isso, só pude muitas vezes ter essa
atitude. Porque eu aprendi a fazer isso comigo; a me respeitar, a enxergar quem
eu era e a precisar de muito pouco e a entender que eu estava com Deus e que
Deus estava comigo.
E é isso que eu ofereço a vocês; os ensinamentos da
aceitação, do amor e da profunda paz em Ser quem Eu Sou.
A Chama Rosa, é a chama das flores, do perdão, dos
compreensivos jardins. Na Europa, continente em que eu vivi muitas encarnações,
os jardins secam no inverno, os jardins perdem a forma no verão, os jardins se
revigoram na primavera, se tornam verdes e suculentos no outono, eles se
adaptam. E esse sentimento dos jardins, cheios de aceitação da natureza, das
forças, também muito me ensinaram. Eu aprendi muito com a natureza. Com
aceitação daquilo que está ao meu redor.
E é isso que eu trago na minha energia, nas minhas palavras
e na minha cura. E é isso que eu ofereço a vocês; o amor da aceitação. Pensem
nisso, reflitam sobre isso. E não sejam náufragos da sua vida. Não se afundem
num mundo, num mar de desejos. Compreendam quem vocês são.
E nós estamos aqui. Nós estamos aí, junto de vocês, para
salvá-los. Existem muitos espíritos de luz; Anjos, Arcanjos, Seres cheios de
luz, junto de cada pessoa que entra em oração, que se entrega a oração.
A nossa energia é muito próspera e generosa. Busquem esse
amor, que acalma, aquieta e aceita.
Eu Te Amo. Eu sou Mestra Rowena e lhes ofereço o meu amor.
Eu aceito cada um de vocês, como vocês são.
Tenham paz.