Serapis Bey canalizada por Thiago Strapasson – 10/05/2016
Meus Amados,
Quantas vezes vocês se olham e se identificam com essa
experiência terrestre? Assumem uma posição como sendo boa ou ruim? Julgam,
avaliam, criticam, desentendem-se. Vocês emergem nesse ambiente a exercer seus
papéis. Então, vocês contestam a política, desempenham um papel de membro
familiar ativo responsável por todos, preocupam-se com seus afazeres,
identificam-se profundamente com essa realidade material e social. Não que haja
um problema aqui, porque isso é ser humano: vivenciar essas experiências e
permitir que elas venham a os enfrentar.
Ser humano é estar imerso nessas energias que os circundam,
mas, nesse ambiente psíquico, vocês sustentam seus carmas, se identificam com
essas experiências e lutam para se equilibrar diante delas. Elas ainda os
atingem no âmago de seus Seres, pois ainda não há uma dissociação do ser com
essa realidade. Vivem como se essa fosse a realidade tangível, a única
existente. Esquecem-se que são espíritos em uma experiência material e, se são
almas, tudo está bem, pois ainda que essa experiência se finalize, a sua
consciência é eterna. Ela sempre será.
Mas há um momento na trajetória terrena que o Ser humano se
vê como esse Ser espiritual. Ele se observa integralmente como além de tudo que
o circunda. Ele percebe que há uma consciência a guia-lo, uma voz suave e sutil
que está além dessa realidade. Há uma consciência espiritual que habita esse
corpo físico. Então, o Ser material começa a se buscar, a se conhecer e essa
voz começa a ganhar prevalência em sua trajetória.
Nesse momento, há o pleno reconhecimento de que há um Ser
Divino a habitar esse corpo físico. O Ser se dissocia de sua personalidade. Mas
essa consciência eterna que é esse ser divino, desempenha papéis sociais em sua
família, em seu trabalho e em sua comunidade. Em determinado momento, o ser se
choca com toda essa ilusão. Há uma conscientização de que aqueles papéis, que
desempenha, nada dizem sobre sua essência. São experiências físicas vivenciadas
por um ser espiritual. O Ser deixa de se identificar com o Ser político, com o
membro familiar, com sua profissão e deixa de tomar conta das dores do mundo. O
carma é equilibrado e abandonado. Há uma plena identificação com sua Presença
Divina. Ele se vê em unidade e passa a compreender a Perfeição que o circunda.
O Amor transborda todas as amarras físicas, pois todas as
experiências e todos os humanos são reconhecidos em sua Divindade. O Amor prevalece
e há a dignificação das experiências. Tudo passa a ser observado de um ponto de
vista espiritual e, portanto, perfeito ao desenvolvimento humano.
Esse é um estado onde a dor, o medo e as tristezas, tudo é
abandonado. O Ser está desperto, consciente daquilo que é. Ganha relevo seu
propósito divino na Terra e o ser se vê a Serviço da Criação, entregue em
absoluta confiança. Esse é o estado da Maestria, da entrega.
Ele não abandona seus papéis sociais, porque continua a ser
humano. Mas, ao se observar em unidade, compreende que embora ele exerça todos
esses papéis, ele não se confunde e não se identifica com essas experiências.
Ele se torna capaz de se observar exercendo esses papéis sem se identificar com
eles.
Então, os medos, os receios, as dúvidas e as preocupações
simplesmente passam pelo Ser, que está em confiança absoluta no Fluxo Divino da
Perfeição. O Ser toma consciência plena de que é um Ser espiritual, então, ele
permanece centrado nessa confiança inabalável em que se reconhece.
Nesse momento, a Divina Presença de seu coração resplandece
em toda sua Luz para que a Alma se sobressaia a todos os percalços que lhe são
apresentados. Os problemas deixam de ser vistos sob essa ótica, pois o ser se
põe em comunhão com o Todo. Vendo-se como um Ser espiritual de forma integral e
vivenciando uma experiência planetária, tudo aquilo que o circunda se mostra
como realmente é: uma doce ilusão a ser experimentada e descoberta. Uma
experiência que o desafia, para que a essência se sobressaia, a iluminar tudo
aquilo que o circunda.
Então, o ser continua a ter um papel nessa trama toda, pois
ele vivencia essa experiência, mas ela já não mais o confunde, não mais o
retira de seu caminhar. O ser está desperto e consciente, não assumindo mais
papéis sociais. Ele experimenta, vivencia em sociedade essa realidade, mas
plenamente consciente do que é e de seu propósito.
Essa é uma das experiências mais lindas e profundas da Alma,
em todo o Cosmos. A finalização do ciclo cármico para a plena ascensão às
realidades de Luz. O SER toma forma dentro dessa realidade iluminada ainda, sob
a veste de um corpo físico.
É lindo de se ver a experiência do pleno despertar, na qual
o ser humano deixa de se identificar com essa realidade para resplandecer sua
verdade, sua essência, sua Luz. Nesse ponto, as mais lindas obras da humanidade
foram produzidas pelos Mestres que aqui estiveram.
Eu os agradeço, Meus Filhos, de todo coração.
Eu sou Serapis Bey