segunda-feira, 29 de maio de 2017

A Vida e as Reencarnações, Uma Flecha na Existência

 Mestra Nada Canal: Thiago Strapasson – 21/05/2017

 
Filhos do meu coração,
 
A vida planetária é feita de nuances, onde não existe um padrão, porque da mesma forma que hoje se construiu, amanhã se destrói. O que hoje existe podem já não encontrar, após um breve minuto, da forma como experimentam.
 
A vida material, amados, deveria ser vivida como algo fluído, transitório, leve, jamais como aquilo em que transformamos como se fosse nossa própria existência. A vida humana é uma escola da alma, uma escola de aprendizados e experiências e como tudo na criação, ela se transforma, se modifica e se esvai. Nada é fixo, tudo está em constante mutação. Pois assim é Deus que aprende com a experiência de seus filhos e também se transforma.
 
Eu sei, meus amados irmãos, que não é assim que vivem, que se apegam às suas relações como se não existissem sem elas. Vivem para construir uma vida segura e tranquila, e não se lembram que a vida se esvai, assim como a própria experiência na terra um dia se finalizará.
 
Mas a humanidade ainda não vê a vida dessa forma, como algo transitório, que se diluiu como poeira ao vento, como o rio que renova seu fluxo com as chuvas para novamente finalizar sua experiência no oceano.
 
Quão mais fácil seria a vida, meus amados, se a vissem sob essa perspectiva, de renovação, de transitoriedade, de passagem. Ela se tornaria mais leve e vocês poderiam se encantar pela beleza dessa experiência, olhar os detalhes tão bonitos da vida, sentir os aromas, experimentar os sabores, tudo como se fosse a experiência mais linda que sua alma já experimentou, mas conscientes que é transitório.
 
A relações chegariam e iriam naturalmente, os bens seriam um constante fluxo em suas vidas apenas para trazer o bem-estar ao presente. Tudo seria transitório e passageiro e nada os prenderia.
 
Mas esse Estado, amados, não é algo para que compreendam, mas para que sintam em toda sua beleza. Vivenciar a vida como algo transitório sem se prender às relações que se tornam as raízes do seu apego, de seu sofrimento, sem perpetuarem situações que já se encerraram em seus ciclos e são mantidas apenas para satisfazer o ego.
 
Sabe, filhos, esse desapego material e relacional é o objetivo de cada um de vocês na experiência material, daquele que já vê a vida sob uma perspectiva superior, que sente a alma e olha para o corpo como um maravilho instrumento que Deus os concedeu para experimentar todas as nuances da criação.
 
Mas os homens, em algum momento de sua existência, esqueceram-se de sua natureza divina e passaram a viver essas experiências como se elas fossem tudo que a criação pode os oferecer. Oh meus filhos, quão rasa essa visão! Porque Deus em toda sua grandiosidade construiu todo o cosmo em suas infinitas experiências da alma, onde cada filho seu um dia encontrará sua morada, seu local de descanso e integração.
 
E para isso precisam estar maduros, sábios, prontos a saborear tudo que a criação pode os oferecer. Pois eu vos digo meus irmãos, não há nada que os prenda a essa realidade senão seus próprios apegos, seus medos, suas incertezas, e dificuldades de se abrirem à realidade maior da vida. É tão simples, simplesmente liberar para que a vida seja vivida e experienciada como algo transitório e passageiro, que deve ser sentido, com as emoções humanas, as imperfeições, os dissabores, e porque não, até mesmo com a dor e sofrimento a os enriquecer para que saiam dessa experiência maiores do que chegaram, mais luminosos e sábios.
 
Esse é o único propósito dessa experiência, adquirir sabedoria à alma de maneira transitória que os conduzirá ao amor mais profundo da criação, à descoberta de seu auto amor, de sua autotransformação, da irradiação de sua essência no ambiente mais duro que existe, para que então resplandeçam em amor nos braços dos Pai e Mãe celestiais.
 
A vida, filhos, é isso, essa experiência transitória. Que aos olhos humanos aparenta ser algo tão longo, mas que aos olhos de Deus é um sopro, um piscar dos olhos, quase insignificante na eternidade da alma.
 
Experimentem, amados, questionar um senhor ou uma senhora já de avançada idade se viram a vida passar. Eles poderão os dizer que tudo foi muito rápido e que nem ao menos se lembram muito bem como tudo se deu. Nessa idade terrestre o ser encarnado está consciente da transitoriedade da vida, embora nem sempre seja capaz de, na brevidade de uma respiração, viver a vida com desapego, sem crenças, sem lutas interiores profundas e enraizadas que não são nada mais que a origem de nossa dor.
 
Gostaria hoje de finalizar com um recado empoderador.  Com algo que os alimente a alma com profundidade. Gostaria de trazer a vocês uma experiência onde por breves segundos poderão perceber a brevidade com que a vida se manifesta.
 
Imaginem uma flecha ao ar em direção ao seu alvo. Imaginem que essa flecha, da saída do arqueiro ao encontro do alvo fosse toda sua vida. E nessa passagem você é capaz de retomar cada experiência, cada sabor, cada alegria ou tristeza que carregou. Ao chegar ao alvo sua vida se esvai e você está liberto a retornar à eternidade da vida, de onde na verdade nunca saíram.
 
Mas a vida é essa flecha, milésimos de segundos na vida do arqueiro, que nada representa em toda sua existência. O que trago a vocês, filhos, é essa alegoria, uma flecha é toda sua vida. Um sopro, um pequeno sinal de luz que se esvai num piscar de olhos.
 
Mas o arqueiro continua sua existência apesar da flecha, ele nasce do descolamento dos braços de seu Pai/Mãe e também finaliza sua existência retornando aos braços do mesmo colo que saiu.
 
Sabe, meus amados, assim é a vida, uma existência diminuta para tanto apego, tanto sofrimento, tanto querer para si e pouco doar. Porque viver para a unidade, para o amor, com liberdade e sem restrições, requer essa autolibertação de tudo que te restringe. Pois a verdadeira caridade é livre, solta, desapegada e liberta. Ela é feita do mais puro amor, que liberta e não prende. Essa é a única e possível caridade existente.
 
É assim que é a vida e assim deveriam senti-la. Não há necessidade de tantos medos, de tanta desconfiança, de tantos jogos e simulações, poderia ser mais simples dessa perspectiva. Pois aqueles que já sentem a vida como essa rápida passagem atingem mais facilmente sua paz, sua tranquilidade, seu bem-estar. Vivem com um sorriso no rosto, liberando tudo que está em sua vida, pois estão conscientes que é transitório, deixando ir com confiança.
 
Esse é o desafio, filhos, da vida na terra, viver essa passagem de imersão da consciência no ambiente planetário, que se transmuda do medo, da euforia, do apego, para a aceitação, a paz interior e a confiança maior em Deus.
 
Tudo, filhos, absolutamente tudo que vivenciam é planejado justamente para que desapeguem desses medos, para que numa visão superior da vida sintam essa transitoriedade, esse algo passageiro, então possam se soltar em absolutamente tudo aquilo que sentem vontade de experimentar.
 
E quando atingem esse estado, dessa paz, desse amor interior que transborda, naturalmente irão contar isso a todos os demais, de uma forma singela e pessoal, mas sempre através da doação, da caridade, porque aquele que não segura, que não se apega, também não sofre, não tem dor, pois ele é livre e compreende a vida como ela é, em toda sua natureza e perfeição.
 
Estejam em paz.
 
Sou Mestra Nada

 
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